QUEM DESENHA QUER PINTAR

Este projeto nasceu de uma ideia de dar a conhecer cidades portuguesas, sua arquitetura e sua história, tanto a gente crescida como a alunos das escolas.

Aliando o desenho, através da técnica “Urban Sketching“, construções emblemáticas são desenhadas para serem posteriormente coloridas.

Este é o projeto intitulado “Quem desenha quer pintar”, uma coleção para quem gosta de desenhar e gosta de pintar.

O que é o “Urban Sketching“?
O Urban Sketching é a prática de desenhar cenas do quotidiano urbano em locais reais, capturando de forma espontânea a paisagem e o ritmo das cidades. Os desenhos são feitos in loco, muitas vezes com materiais portáteis, como cadernos e aquarelas, valorizando a observação direta e a autenticidade.

Uma experiência na primeira pessoa. A visão do Urban Sketcher, José Mário Baptista:

[brevemente]

Como é a técnica de colorir a lápis de cor?
A construção da cor é feita de forma gradual, sobrepondo camadas suaves e transparentes para criar profundidade, nuances e variações tonais. A mistura de cores é alcançada através do uso de sobreposição de tons e do esfumado, utilizando movimentos circulares e pressões variadas. A intensidade da cor varia de acordo com a pressão exercida pelo artista. Pressão leve cria camadas translúcidas, enquanto maior pressão resulta em tons mais saturados e opacos. A direção do traço afeta a textura e o movimento do desenho. Traços paralelos criam uniformidade, enquanto traços cruzados (hatching e cross-hatching) adicionam dinamismo e volume. O lápis de cor utiliza a mistura, onde a proximidade de diferentes tons cria novas cores percebidas pelo olho humano. É possível criar texturas através de diferentes técnicas, como o uso de traços sobre superfícies rugosas ou aplicação com diferentes angulações do lápis.

Estes princípios, combinados com a escolha criteriosa de papéis e a compreensão das propriedades dos lápis (dureza, pigmentação e resistência à luz), possibilitam ao artista explorar a técnica de lápis de cor de maneira expressiva e versátil.

A técnica de colorir a lápis de cor para quem é iniciante, passa por várias indicações das quais se destacam as seguintes:

  • Possuir um (bom) conjunto de lápis de cor, com uma variedade de, pelo menos, doze lápis;
  • Manter os lápis afiados, mas não em demasia (lápis com bico muito aguçado, apenas risca o suporte papel);
  • Não deixar cair os lápis, pois a sua fragilidade é grande e a mina pode partir interiormente;
  • O movimento deve ser feito apenas em um sentido (pelo menos enquanto não há grande destreza); o movimento cruzado e o circular são mais complexos e só devem ser efetuados quando já houver alguma prática;
  • A mancha de cor deve ser obtida pela insistência e persistência e nunca pela pressa;
  • A fusão das cores pode ser conseguida. Mas, para alcançar uma boa fusão, devem ser utilizados lápis de cor aguareláveis.

Como é a técnica de colorir a aguarela?

A característica mais marcante da aguarela é sua transparência. A tinta, diluída em água, permite a passagem de luz através das camadas, criando um efeito de luminosidade e leveza. A quantidade de água utilizada influencia diretamente a intensidade da cor e a fluidez da tinta. Controlar a relação entre água e pigmento é essencial para obter efeitos variados, desde áreas suaves a áreas mais densas e saturadas. A construção da imagem é feita através de camadas translúcidas, aplicadas de maneira sequencial. A técnica de “glazing” consiste em aplicar uma camada de cor sobre outra já seca, criando novos tons e profundidade sem perder a transparência. O papel desempenha um papel crucial na aguarela. A sua textura e capacidade de absorção afetam a forma como o pigmento se espalha e interage com a superfície. Papéis com alto teor de algodão e gramagem elevada são os mais indicados. Na aguarela, a ausência de tinta é usada para representar luz, brilho e formas. Manter áreas do papel em branco, sem pintura, é uma técnica estratégica para criar contraste e delinear elementos. A natureza fluida da aguarela permite a criação de efeitos acidentais, como fusões e manchas, que são valorizados pela espontaneidade e expressividade. Técnicas como “wet-on-wet” (molhado sobre molhado) criam transições suaves e fusões inesperadas. Diferentes pigmentos têm características distintas de opacidade, transparência e granulação. Compreender as propriedades de cada cor ajuda a explorar suas interações, desde efeitos lisos até texturas granuladas. Cada pincelada deve ser precisa e planeada, uma vez que a aguarela não permite grandes correções. A simplicidade e a síntese de detalhes são características essenciais para um bom resultado.

Estes princípios, aliados a uma compreensão profunda da interação entre pigmento, água e papel, tornam a técnica de aguarela única pela sua capacidade de capturar a luz e transmitir atmosferas etéreas e evocativas.

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Vila do Conde | Póvoa de Varzim